Acabei de fazer minha inscrição para participar do Curso de Gênero, Raça e Etnia para Jornalistas, promovido pela FENAJ – Federação Nacional dos Jornalistas e a ONU Mulheres – Entidade das Nações Unidas para Igualdade de Gêneros e o Empoderamento das Mulheres. Quero partilhar com todos a alegria que sinto pela oportunidade que terei de participar deste evento que será realizado apenas em oito capitais brasileiras, que foram escolhidas através de sorteio, entre elas, Belém do Pará. Em cada uma delas haverá cinqüenta vagas, que também poderão ser preenchidas por jornalistas de outros estados, cujas capitais não foram contempladas no sorteio.
Hoje segunda-feira é meu dia de folga. Quis fazer valer meu direito ao descanso e resolvi ir ao Bulevar Shopping. Qual outro lugar eu poderia ir numa segunda-feira em Belém? Enquanto eu estava andando pelos corredores, ouvir a musica “Epitáfio” dos Titãs: Devia ter amado mais. Ter chorado mais. Ter visto o sol nascer! Devia ter me arriscado mais. E até errado mais. Ter feito o que eu queria fazer. Queria ter...
Ao som desta canção sentir a cidade e o shopping ficarem pequenos, ou será que ficaram grandes?  Desabaram sobre meus ombros toneladas de concreto, não dos lugares aos quais me refiro, mas da falta que faz os outros lugares aos quais não me referir. Sinto falta dos gemidos do mar da Bahia. Aqui no Pará não há gemidos de mar, há somente murmúrios de rios.
Na Livraria Saraiva, comprei o livro “Triangulo das Águas” de Caio Fernando de Abreu e voltei para casa disposto a ler. O texto de Caio retrata  a ilusória alegria da noite urbana, ao fazer a anatomia de personagens solitárias, divididas entre o tédio, a angustia e o medo.
Eu sou das canções, por isso, assim que cheguei ao recanto sacrossanto da casa paroquial, procurei ouvir a canção, “A montanha e a chuva”, interpretada por Orlando Moraes: Eu queria tanto lhe dizer da minha solidão, da minha solidez, do tempo que esperei pela minha vez, da nuvem que passou e não choveu... então, estou l escrevendo para lhe dizer.




Eu que pertenço à reles dos poetas brasileiros, escolhi um poema daquele que é o maior poeta do nosso país para prestar-lhe minha sincera homenagem por ocasião do dia do amigo.

“Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!

Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!

Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!

Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!

Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!

Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!”
(Machado de Assis)

A foto que ilustra o texto é do meu amigo Dr. Robson Cera e seu amiguinho Luquinhas. Robson é para mim um exemplo de humanidade.